Como já se sabe, a ovulação é o momento do mês que as alterações hormonais fazem com que o óvulo saia dos ovários, passe pelas trompas e chegue ao útero. A gravidez somente pode ocorrer se houver ovulação.
Vários são os motivos pelo qual algumas mulheres não ovulam. Algumas fazem isso de caso pensado e tomam os conhecidos anticoncepcionais. Outras, nem tão de caso pensado assim, podem ter problemas nos ovários, glândulas adrenais, hipotálamo, etc e não conseguem a tão sonhada gravidez.
Mas e o que a Ozonioterapia tem que pode ajudar a mulher na ovulação? É simples entender!
A função dos ovários, incluindo o desenvolvimento do folículo e dos oócitos, a produção de estadiol e a capacidade do corpo lúteo de produzir progesterona é totalmente dependente do aporte de oxigênio local, a qual é controlado pelo fluxo sanguíneo e metabolismo das célula. Esse é o primeiro ponto onde a ozonioterapia entra como grande coadjuvante, uma vez que aplicada por qualquer via sistêmica, vai estimular a oxigenação sanguínea e aumentar o metabolismo celular através do estímulo mitocondrial.
Mesmo sabendo há décadas que o hormônio luteinizante secretado pela hipófise é considerado o principal hormônio responsável pela ovulação, alguns fatores podem ser muito importantes e devem ser levados em consideração na formação do corpo lúteo, como o óxido nítrico. O óxido nítrico é um grande vasodilatador, que aumenta o fluxo sanguíneo nos ovários. Um microambiente com baixa quantidade de oxigênio é inadequado para a sustentação de um metabolismo aeróbio, mas um ambiente rico em oxigenação incrementa as espécies reativas de oxigênio (ROS) sob controle da enzima superóxido dismutase (SOD). As células do endotélio produzem ROS e óxido nítrico. O estresse oxidativo vai acontecer em decorrência da grande produção de ROS e baixo estímulo de SOD, o que leva à redução da função lútea. Em adição às duas propriedades vasodilatadoras, o óxido nítrico é uma importante molécula sinalizadora fisiológica no sistema reprodutivo. A síntese de óxido nítrico é regulada nos ovários através da mediação de citocinas, fatores angiogênicos e de estradiol (SOUZA, et al, 2013).
O mais interessante, observando tudo isso, é que é justamente nesses aspectos que a Ozonioterapia trabalha. O ozônio, ao entrar no organismo por alguma via sistêmica, em volume e concentrações pré estipulados e determinados, tende a estimular um pequeno estresse oxidativo controlado, fazendo com que o corpo seja levado a produzir enzimas antioxidantes (em especial, a SOD), se tornando assim um grande antioxidante. Outro aspecto que deve ser levado em consideração é o estímulo para liberação de óxido nítrico que os lipoperóxidos (ozonídeos que agem de forma tardia, produzidos através da oxidação do ozônio) fazem em até sete dias após a aplicação. O óxido nítrico desempenha importantes papéis no crescimento e maturação folicular, bem como nos processos de luteogênese e luteólise (SOUZA, et al, 2013).
Dessa forma, podemos concluir que a ozonioterapia pode ajudar na ovulação, auxiliando assim pacientes que sonham em serem mamães a realizarem seus sonhos!
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
SOUZA, M. I. L., et al. O óxido nítrico na função ovariana. Scientia Agraria Paranaensis, vol. 12, n. 1, p. 6-16, 2013.