O Diabetes mellitus (DM) é uma gravíssima patologia que todos os países enfrentam, mesmo os mais desenvolvidos. De acordo com a Federação Internacional de Diabetes estimou-se- que em 2015 8,8% da população do mundo com idades entre 20 a 79 anos tinha diabetes. A Federação ainda afirma que se a estimativa perdurar, a quantidade de pessoas com tal patologia poderá superar a 642 milhões no ano de 2040.
O aumento da prevalência do diabetes está associado a diversos fatores, como: rápida urbanização, transição epidemiológica, transição nutricional, maior frequência de estilo de vida sedentário, maior frequência de excesso de peso, crescimento e envelhecimento populacional e, também, à maior sobrevida dos indivíduos com diabetes (GOLBERT et all., 2017).
Golbert et all. (2017) ainda afirma que o tratamento convencional do diabetes é complexo e caro, seja para o Sistema Único de Saúde ou para hospitais privados. Esses tratamentos englobam protocolos como: insulinoterapia, necessidade de hospitalização, automonitorização, orientação alimentar, programa regular de atividade física e, em casos mais graves, tratamentos de feridas e outras patologias secundárias provindas do diabetes.
É muito importante observar que mesmo possuindo origens multifatoriais, o diabetes mellitus existe porque o corpo possui uma carga de estresse oxidativo muito alta. Há várias evidências de que o desenvolvimento e as complicações que essa patologia pode gerar são causados pela lesão celular através dos radicais livres, reduzindo também a capacidade antioxidante do paciente.
A Ozonioterapia é uma técnica usada há anos em vários países e que vem sendo altamente difundida no Brasil. Apesar de não muito conhecida ainda no país, muitos estudos comprovam sua eficácia no tratamento dessa tão grave doença.
O ozônio quando realizando por alguma via de administração sistêmica no organismo causa um estresse oxidativo controlado, estimulando o corpo a produzir enzimas antioxidantes que ficarão livres em circulação para se ligarem aos radicais livres que podem lesionar as células. É também interessante observar que um paciente diabético possui mitocôndrias em um quadro de falência, geralmente não captando o oxigênio como deveria e não oxigenando de forma correta os tecidos, gerando algumas complicações, como, por exemplo, as feridas. O ozônio tem duas ações distintas nesses casos, também ajudando nos tratamentos convencionais. A primeira delas é o estímulo para que a mitocôndria capte oxigênio através da oxidação de uma enzima chamada Nicotinamida Adenina Dinucleotídeo (NAD), levando a um aumento na produção de ATP e na distribuição do oxigênio tecidual. E a segunda ação é através da oxigenação direta, uma vez aplicada de forma tópica.
Dessa forma, podemos observar que a ozonioterapia é uma técnica muito promissora para o tratamento do Diabetes mellitus, podendo ser usado como terapia complementar aos tratamentos convencionais ou de forma única, dependendo da gravidade do caso.
Referências Bibliográficas
GOLBERT, AIRTON et all. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2017-2018 / Organização José Egídio Paulo de Oliveira, Renan Magalhães Montenegro Junior, Sérgio Vencio. — São Paulo : Editora Clannad, 2017.
International Diabetes Federation. IDF Diabetes Atlas [Internet]. 7th ed. Brussels, Belgium: International Diabetes Federation; 2015 [accessed 2019, Sep 19]. Available from: http://www. diabetesatlas.org/resources/2015-atlas.html.