Ozonioterapia para queda capilar
Desde o início dos tempos, os cabelos são motivos de preocupação na humanidade. Os cabelos, por mais que muitos pensem que não tem função, servem para proteger a pele das radiações solares e proteger o crânio contra traumatismos. Há também artigos que demonstram que os cabelos têm um grande efeito sexual, uma vez que servem para serem ornamentados e deixar as pessoas mais atrativas (WICHROWSKI, 2007).
Nos dias atuais, em que a beleza é de tanta valia, os cabelos têm uma relação direta à imagem pessoal. Eles podem demonstrar sensualidade, personalidade, estilo e podem ainda serem usados como castigo (acontece com presos, que devem raspá-los) ou como comemoração (vestibulandos).
A Sociedade Brasileira do Cabelo (SBC) divulgou um estudo no segundo semestre de 2018 afirmando que aproximadamente 42 milhões de brasileiros sofrem com a calvície. Essa mesma pesquisa mostra um dado muito importante e curioso: a maior parte dos brasileiros são jovens entre 20 e 25 anos e segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o problema atinge metade dos homens com até 50 anos (DINO, 2019).
A queda capilar pode acontecer por inúmeros fatores, entre eles temos as causas cicatriciais, que são infecciosas, neoplasias, agentes físicos, dermatoses e síndromes e as causas não cicatriciais, onde temos o maior foco na alopécia androgenética.
Observando os motivos da queda capilar, os profissionais da área da saúde tentam diariamente encontrar uma solução para amenizar a situação tão incômoda desses pacientes e a mais nova sensação do momento é a ozonioterapia.
O ozônio é um gás feito de moléculas compostas de átomos de oxigênio. Suas ações na queda capilar são várias. Na aplicação local (subcutânea e/ou dérmica), ocorre a oxigenação do folículo, a desobstrução do pelo por processos inflamatórios e destrói qualquer foco de infecção bacteriana, fúngica e viral que impeça o crescimento. Na aplicação tópica (lavagem com água ozonizada e uso de óleo ozonizado ao longo do fio) observa-se a limpeza do couro cabeludo e a eliminação das toxinas e impurezas presas no fio, aumentando a absorção dos nutrientes nos fios e fazendo com que o cabelo fique restaurado, sedoso e com volume e densidade. Na aplicação sistêmica, o ozônio reduz o estresse oxidativo estimulando enzimas antioxidantes e aumentando a liberação de óxido nítrico, fazendo com que haja um controle dos hormônios, que são motivos graves que podem afetar esses pacientes.
É sempre muito importante entender a disfunção do paciente para um tratamento de qualidade, usando uma equipe multidisciplinar em alguns casos, mas são com esses dados bioquímicos citados acima que a ozonioterapia capilar tem sido uma opção muito viável para todos que se preocupam com suas madeixas e as querem com qualidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DINO, A. Segundo dados, cerca de 42 milhões de brasileiros sofrem com a calvície. Disponível em: https://veja.abril.com.br/economia/dino/segundo-dados-cerca-de-42-milhoes-de-brasileiros-sofrem-com-a-calvicie/. 2019
WICHIROWSKI, L. Terapia capilar. Porto Alegre: Alcance, 2007.