Uma nova revisão de uma equipe da Universidade do Sul da Califórnia sugeriu que vazamentos na barreira hematoencefálica podem ser um útil sinal de alerta precoce que sinaliza o aparecimento de doenças como o mal de Parkinson ou esclerose múltipla antes que apareçam quaisquer sintomas. Como “intestino permeável”, temos “cérebro permeável”.
Quase todos os novos objetivos das drogas que foram desenvolvidos para combater as doenças neurodegenerativas falharam durante os estágios de testes clínicos em humanos, levando muitos cientistas a argumentar a hipótese clássica que é a base da maioria das pesquisas atuais. Muitos acreditam agora que a chave para tratar essas doenças é identificar e tratar antes que os sintomas apareçam. Mas o desafio com isso é que ainda não existe uma maneira eficaz de combater essas patologias antes que os sintomas apareçam.
O trabalho dos cientistas da USC sugere sinais de colapso da barreira hematoencefálica, que é uma membrana quase impenetrável que impede que partículas nocivas entrem no cérebro, como sinal precoce de doenças neurodegenerativas. A hipótese sugere que, quando a barreira hematoencefálica se torna disfuncional, ela potencialmente permite que proteínas como a beta-amiloide se movam de outras partes do corpo, geralmente inofensivas, para o cérebro, acumulando placas consideradas fundamentais para a patologia do declínio cognitivo.
“O comprometimento cognitivo, e o acúmulo no cérebro das proteínas anormais amiloide e proteínas T, são o que atualmente dependemos para diagnosticar a doença de Alzheimer”, diz Berislav Zlokovic, um dos autores do novo artigo, “mas a quebra da barreira hematoencefálica e alterações no fluxo sanguíneo cerebral podem ser vistas muito mais cedo “. (Haridy, 2018)
O artigo sugere que ela pode desempenhar um papel na progressão da doença de Alzheimer, doença de Parkinson, doença de Huntington, esclerose lateral amiotrófica e esclerose múltipla. Isso sugere que o teste de vazamentos na barreira hematoencefálica pode oferecer um biomarcador eficaz em estágio inicial para muitas dessas condições.
O teste para esse tipo de dano na barreira hematoencefálica pode ser um problema, já que os testes para esse tipo de disfunção não são significativamente acessíveis, uma vez que exames complexos de ressonância magnética ou PET são necessários para identificar o vazamento. Assim sendo, essa hipótese pode não ser uma ferramenta particularmente útil para os pacientes, mas ajudará os pesquisadores a identificar melhor os pacientes para testes clínicos em estágio inicial e novos medicamentos que podem retardar ou interromper o início.
Ozonioterapia na Prevenção das Doenças Neurodegenerativas
A ozonioterapia é um tratamento antienvelhecimento reconhecido que ajuda a baixar a pressão arterial, melhorar a microcirculação e obter mais oxigênio para o cérebro. Parte dos excelentes resultados obtidos para essas patologias são provindos desse suprimento de oxigênio aos tecidos.
Gomez Moraleda (2017) afirma que o tratamento com ozônio favorece imensamente a reversão de condições desfavoráveis de natureza vascular ou metabólica dos neurônios que não estão completamente danificados e/ou em algum as células adjacentes específicas que podem protegê-los e, assim, potencialmente pode recuperar as duas funções, mesmo que parciais.
O mecanismo de ação do ozônio em algumas dessas entidades também pode estar relacionado à sua capacidade de estimular significativamente outros processos enzimáticos nas células, alguns deles vitais para a proteção celular contra processos degenerativos, como metabolização de espécies agressivas de oxigênio e desintoxicação. Exemplos podem ser processos degenerativos nos quais os detritos das células são acumulados, agravando o dano a outras células. Nesses casos, algumas células especializadas do sistema imunológico também devem desempenhar sua função específica de limpeza, como macrofágicas. Alguns relatórios sobre a estimulação do ozônio ou modulação de macrofágicas, linfócitos, etc. apontam o efeito dependente da dose do ozônio no sistema imunológico e estabelecem a estimulação acentuada que pode ser alcançada com a dose apropriada de ozônio na fagocitose das macrofágicas.
Há ainda doenças neurodegenerativas, como a Retinite Pigmentosa, por exemplo, onde foi relatado que as células do epitélio pigmentado, adjacentes à camada de fotorreceptores, são responsáveis pela fagocitose dos segmentos de fotorreceptores que são periodicamente rejeitados quando já esgotados. Um dos mecanismos propostos para explicar a degeneração dos fotorreceptores é que as células epitélicas pigmentadas perdem em certa medida sua capacidade fagocitária e os segmentos rejeitados são acumulados e decompostos, danificando os próprios fotorreceptores por toxemia. Nesse processo, um dos efeitos benéficos do ozônio poderia ser a estimulação da capacidade fagocitária das células epitélicas pigmentadas para eliminar a toxemia e recuperar a funcionalidade dos fotorreceptores. Mecanismos semelhantes também podem ocorrer no órgão coclear, com danos semelhantes devido a toxemia (GOMEZ MORALEDA, 2017).
E é dessa maneira que podemos afirma que a Ozonioterapia também é uma grande aliada na prevenção de patologias gravíssimas como essas, nos dando uma esperança de muito em breve conseguirmos a cura para as mesmas ou evitarmos que elas surjam na maior parte da população.
Referências Bibliográficas
Second Nature Care – Haridy, R. (2018, September 25). Early warning sign of Alzheimer’s may be found in blood-brain barrier. Retrieved from New Atlas
GOMEZ MORALEDA, M. A. OZONE THERAPY IN THE FUNCTIONAL RECOVERY FROM DISEASES INVOLVING DAMAGE TO CENTRAL NERVOUS SYSTEM CELLS. 2017. Online: < http://www.naturozone.com/documen/mgomez1.htm>