Ozonioterapia para atletas: disposição com qualidade

Muitos atletas têm graves problemas durante suas competições por precisarem tomar algum tipo de medicamento. Esses medicamentos, mesmo sendo necessários em alguns casos, podem levar a alterações de seus desempenhos e eles são enquadrados em doping. É bom lembrar que o doping, não só com medicamentos necessários ao atleta, também pode acontecer por conhecimento próprio, onde os mesmos ingerem produtos que aumentam suas funções, não dando igualdade de condições entre os competidores.

A técnica da ozonioterapia tem crescido imensamente no mundo das competições, ajudando no tratamento de dores articulares e musculares, lesões e contusões sem causar o tão temido doping. Esse procedimento é uma prática segura, revelando em estudos pouquíssimos efeitos colaterais discretos, e reconhecida em vários países, como Portugal, alguns estados norte americanos, Itália, Espanha, entre outros. A técnica é realizada através da coleta de um gás gerado por um aparelho, onde o oxigênio é forçado a passar por uma descarga elétrica e gerar moléculas de O3. Esse gás é administrado por diversas vias, podendo ser tópicas ou sistêmicas.

A explicação para a ozonioterapia estar crescendo tanto no meio dos desportistas é simples, mas não é uma só. Vamos entendê-las:

1- O ozônio é uma molécula natural e biológica. Todos os seres humanos produzem ozônio fisiologicamente em dois momentos: na troca de informações dos neurônios e na atuação dos neutrófilos. Porém a produção da molécula é bem baixa no nosso organismo. Quando o gás produzido pelo aparelho é colocado de forma sistêmica no organismo em uma quantidade mais alta, pode auxiliar na recuperação da capacidade funcional do corpo através do seu mecanismo de ação.

2- O gás ozônio também estimula as funções mitocondriais, que por sua vez, aumentam a utilização da glicose para produção de ATP através do ciclo de Krebs. Dessa forma, o paciente pode aumentar em 40% a produção de energia, tendo, automaticamente, mais energia para gastar em competições.

3- O ozônio consegue, através da produção de ozonídeos, estimular e controlar o estresse oxidativo de quem recebe, fazendo com que enzimas antioxidantes produzidas fiquem livres para se ligarem em radicais livres naturais do corpo.

4- O O3 tem a capacidade ainda de oxidar mediadores inflamatórios, fazendo assim uma função anti-inflamatória e analgésica, não precisando do atleta tomar algum medicamento e não provocando efeitos colaterais indesejados.

5- E, ainda melhor, o paciente que é submetido ao ozônio não precisar cumprir repouso após o procedimento, a menos que seja relacionado à sua patologia.

É sempre importante destacar que a ozonioterapia é uma técnica muito eficaz, mas em alguns casos, é complementar. Seguir as orientações do médico e do fisioterapeuta é extremamente importante para um bom resultado no tratamento.